A Psicopedagogia em Portugal

A entrevista de anamnese sob a ótica do referencial teórico psicodramático: uma contribuição para a Psicopedagogia
8 de Janeiro, 2011
A entrevista de anamnese sob a ótica do referencial teórico psicodramático: uma contribuição para a Psicopedagogia
8 de Janeiro, 2011

Na solidariedade, na saúde, na justiça, na educação e na sociedade em geral, PRECONCEITO é sinónimo de IGNORÂNCIA.

Contudo, os Psicopedagogos têm sido discriminados por outros colegas e Instituições no ingresso ao mercado de trabalho, na progressão de carreira e no acesso a determinadas Licenciaturas, Cursos de Pós-Graduação, Mestrados em Psicologia Clínica e em Psicoterapia.

Com que fundamento quando se reconhece a importância e as vantagens das equipas multidisciplinares e interdisciplinares?

Será que somos encarados como colegas ou como concorrência?

É importante perceber que, caso os Psicopedagogos quisessem ser Psicólogos, tinham estudado Psicologia. Mas ao comparar os planos curriculares de ambas as licenciaturas há quem prefira as matérias abordadas na Licenciatura em Psicopedagogia!... e depois?

Haverá, manifestamente, pessoas e instituições que confundiram o que aconteceu com a gestão da Universidade Moderna com a qualidade do ensino que nela se ministrava.

Os Psicólogos tinham acesso a Carteira Profissional, actualmente Cédula Profissional, porque o IDICT informou que a carteira profissional não é necessária para Licenciaturas Homologadas e a exigência de apresentação da mesma deve ser denunciada. A emissão de carteira profissional aos psicólogos reporta-se aos primórdios da profissão em Portugal.

Aliás, a própria Psicologia teve de se afirmar enquanto ciência, ao diferenciar-se da Psiquiatria, exigiu respeito às suas ideias ao novo que emergia.

Talvez isso reflicta a situação em que nos encontramos, condicionados por outros profissionais que nos tentam limitar, descredibilizando a nossa Profissão.

A Licenciatura não deve ser encarada como o fim do caminho mas sim, como o inicio deste. A maioria dos profissionais formados em Psicopedagogia complementaram a sua formação em áreas de intervenção específicas. Mas, ainda assim, apesar de todo o esforço adicional que tenhamos investido, continuamos a sentir que, muitas vezes, o eventual interesse corporativo de uns se materializa em dificuldades sem fundamento.

Não temos conhecimento de nenhuma falha que justifique o atraso que se verifica na articulação entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com outros Ministérios ou Institutos, com responsabilidades no reconhecimento e inclusão da Psicopedagogia na Classificação Portuguesa de Profissões.

E as Universidades portuguesas que estão a formar ou que formaram Psicopedagogos estarão a fazer alguma coisa no sentido de criar condições para o acesso dos profissionais ao mercado de trabalho ou também sofrem "pressões" dos "colegas" para limitar esse processo?

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